13/02/2011

Você tem experiência?

Num processo de seleção da Volkswagen, os candidatos deveriam responder a seguinte pergunta:

Você tem experiência?


A redação a seguir foi desenvolvida por um dos candidatos:

”Já fiz cosquinha na minha irmã só pra ela parar de chorar, já me queimei brincando com vela. Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto, já conversei com o espelho, e até já brinquei de ser bruxo. Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista. Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora. Já passei trote por telefone. Já tomei banho de chuva e acabei me viciando. Já roubei beijo. Já confundi sentimentos. Peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido. Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro, já me cortei fazendo a barba apressado, já chorei ouvindo música no ônibus. Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas são as mais difíceis de se esquecer. Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrelas, já subi em árvore pra roubar fruta, já caí da escada de bunda. Já fiz juras eternas, já escrevi no muro da escola, já chorei sentado no chão do banheiro, já fugi de casa pra sempre, e voltei no outro instante. Já corri pra não deixar alguém chorando, já fiquei sozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só. Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado, já me joguei na piscina sem vontade de voltar, já bebi uísque até sentir dormentes os meus lábios, já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar. Já senti medo do escuro, já tremi de nervoso, já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial. Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar. Já apostei em correr descalço na rua, já gritei de felicidade, já roubei rosas num enorme jardim. Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas sempre era um “para sempre” pela metade. Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol, já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos, e a vida é mesmo um ir e vir sem razão.
Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados pelas lentes da emoção, guardados num baú, chamado coração. E agora um formulário me interroga, me encosta na parede e grita: “Qual sua experiência?”. Essa pergunta ecoa no meu cérebro: Experiência… Experiência… Será que ser “plantador de sorrisos” é uma boa experiência? Não! Talvez eles não saibam ainda colher sonhos! Agora gostaria de indagar uma pequena coisa para quem formulou esta pergunta: Experiência? Quem a tem, se a todo o momento tudo se renova?”

06/02/2011

Anos 90's - Parte I

Exames mode off!

Acabou! Agora só em meados de Junho! Chega! Férias!!


Como dá pra perceber a temível e inexorável época de exame terminou, agora é esperar as notas, comemorar e cair na bebedeira alegria.


Pra comemorar tal fascínio, e depois de reviver a alma com a nossa amiga Tânia, resolvi fazer um post beeeem nostálgico, pra deixar aquele sentimento de saudade e de perda bem apertado no peito. Um post sobre uma das melhores épocas da minha vida, e creio também que da maioria dos nossos leitores: anos 90.


Vou dividir o post em três partes: a primeira vou falar dos objetos, brinquedos, brincadeiras e acessórios que fizeram furor nos jovens regozijados da época. A segunda, um apanhado com os melhores filmes, séries e desenhos que alegravam a nossa manhã, tarde e noite. Na terceira e última parte, mas não menos importante, convido a Tânia Dias, nossa groupie a postar os embalos e ritmos mais bombantes de uma década que foi uma ótima ‘colheita’ de músicas e artistas.



Como não cresci aqui em Portugal, só posso falar do que foi febre e delírio no Brasil. Sendo assim vou começar falando sobre os objetos da época.


Quando temos entre 6 – 12 anos e ainda andamos na escola a aprender a juntar sílabas e ficar loucos com contas de dividir, o mais importante na sala não era a nossa roupa, nem o nosso cabelo, nem a professora de fisga. O mais importante era o material escolar. Um mais excêntrico que o outro. Um mais colorido que o outro. Um maior que o outro.


Quem nunca teve uma lápis com tabuada, e a professora sempre alertando que na prova não poderia ser usado? Ou aquela régua azul com as letras que eram super necessárias para fazer capas de trabalhos e decorar o caderno? O estojo de lata com duas divisões, a borracha que tinha a forma de uma caneta, com várias cores e você podia trocar as pontas? A caneta com 20 mil cores que apesar de ser enorme era muito útil(NOT) e quebrava facilmente? Pois é! Aposto que vc tá com um sorriso no rosto e pensando Meooo Deosss eu tinha isso tudo, ou a Mariazinha tinha...Bons tempos, não?




Nos brinquedos, o que dominava eram jogos de tabuleiro (Monopoly, Detetive, Cara-a-Cara), o cubo mágico, futebol de botão, bolinha de gude, Playmobil, Lego, o Furby, os brinquedos do Kinder Ovo, o jogo do Mico, Cai não Cai, o carro da Barbie, entre outros milhares de opções em que o objectivo era fazer divertir e saber BRINCAR, algo que hoje se remete a ligar o playstation sentar no sofá...e puff, estamos ‘brincando’.




Já na parte das brincadeiras entre amigos, brincar na rua era o principal.

Jogar bola descalço, onde a baliza eram pedras ou chinelos. Polícia e ladrão, Pic bandeira, taco, escondidas, carrinho de rolimã, queimada, pular corda, cabo de guerra, pega-pega...


Tentar resumir as coisas boas, os jogos, os vícios da época é quase impossível em tão poucas linhas. Foi uma época saudável e creio que foi a melhor época para ter crescido, porque além se divertir, correr, brincar, apanhamos o começo da evolução tecnológica e da revolução da Internet. Ou seja, soubemos o que é brincar de verdade junto com a expansão do que é o mundo hoje, a Internet.


No próximo post, vou falar das séries, filmes e desenhos animados, que cá entre nós, é muito, mas muuuito melhor do que esses que passam hoje em dia na televisão.


Bom até a próxima ;)